Hammerfall - Glory to the Brave
sexta-feira, agosto 31, 2007
Rá! Gurizada, o Hammerfall vem a Porto Alegre no dia 1º de outubro. Aqui resenharemos neste período os seis álbuns lançados por esta banda sueca de true metal, para que todos vão se familizarizando, se é que ainda precisa. We are the templares of steel!
A aventura do Hammerfall começou há 10 anos, em 1997, com o lançamento deste belo álbum. Aqui, temos uma banda ainda voltada para o Metal Melódico, que dominava a cena da época com Stratovarius, Gamma Ray, a volta do Helloween, entre outros. Também isso pode se dever ao fato de a formação do Hammerfall ser bem diferente da que é hoje, ou de 2002 para cá, quando a banda passou a tocar um metal mais puxado para o tradicional que para o power metal do final dos anos 90.
Apesar de nunca ter largado o melódico completamente, o Hammerfall se destaca mais com as composições mais cadenciadas. Por isso, The Metal Age é, sem dúvida, a melhor e mais arrepiante música de Glory of the Brave. Música criativa e completa. Também se destaca bastante Steel Meets Steel, mistura de true com power metal.
As outras composições são mais velozes. A faixa de abertura, The Dragon Lies Bleeding, é a melhor delas. Hammerfall, espécie de hino da banda, também é sensacional, e deve ser ao vivo, por isso a esperamos com ansiedade em Porto Alegre, com um refrão ótimo. Unchained e Stone Cold também são boas, mas alguns degraus abaixo em termos de qualidade.
Para variar, o ponto fraco do disco são as baldinhas melosas, que desta vez atendem pelos nomes de I Believe e Glory of the Brave. Também temos duas músicas não-próprias. Child of the Damned, ótima, de Bill Tsamis; e Ravenlord, que na edição que possuo vem como bônus, de autoria de Malmsteen.
Trata-se de um bom disco de abertura de carreira do Hammerfall, com alguns clássicos importantes e muita energia, fator decisivo para um metal bem feito. Talvez não seja o mais indicado para começar uma iniciação ao Hammerfall, mas vale a pena adquiri-lo. Nota 7,6
Hammerfall - Glory to the Brave
Lançamento: 1997
Produção: Fredrik Nördström e Hammerfall
Gravadora: Nuclear Blast
Faixas: 10
Tempo: 48'37"
Formação: Joacim Cans (V), Oscar Dronjak (G), Glenn Ljungström (G), Fredrik Larsson (B) e Jesper Strömblad (D)
posted by Vicente Fonseca @ 9:10 AM, ,
Bruce Dickinson - Accident of Birth
terça-feira, agosto 07, 2007
Em homenagem ao honorável Bruce Dickinson, aniversariante do dia (fonte: Leo Ponso).
Até hoje é difícil encontrar uma palavra para descrever essa verdadeira obra-prima do Heavy Metal dos anos 90. Às vezes, penso que "alívio" seria o vocábulo mais adequado. Pois tento me colocar no lugar daqueles fãs do Iron Maiden dos anos 80, que viveram o auge da Donzela e entraram nos 90's adentro com uma troca de vocalista, nunca tendo em Blaze Bailey um substituto à altura de Bruce Dickinson, nem em Janick Gers grande parte da genialidade de Adrian Smith.
Pois aqui, em 1997, 10 anos atrás, ambos se juntaram e fizeram história. Depois de Bruce ter lançado 3 álbuns distintos, ainda sem encontrar sua cara em carreira-solo, Accident of Birth representa a ele, Adrian e aos fãs do Maiden uma espécie de renascimento destes monstros para o metal mais puro e tradicional, que culminaria com a volta de ambos à banda que os tornou famosos, em fins de 1999.
Mesmo assim, é errôneo pensarmos que estamos diante de um disco que tem o selo do Iron Maiden. Nesta época, inclusive, Bruce seguia brigado com Harris, e o mascote Edison, na capa deste disco aqui resenhado é uma espécie de tapa-de-luva no Eddie, mascote do Iron Maiden.
Accident of Birth é sensacional por mostrar um Bruce que prima por um metal tradicional com toques de modernidade, como guitarras afinadas em tons mais baixos e vocais ainda mais agressivos que em seus tempos de Donzela. Como 11 das 13 composições são em parceria com o produtor Roy Z (também guitarrista da banda solo de Dickinson), a álbum destoa um tanto dos bons tempos de Maiden, ao menos na sonoridade.
Mesmo as duas músicas compostas com Adrian, apesar de remeterem ao que o Iron já fez de melhor (em especial Road to Hell), têm uma personalidade bem distinta de músicas escritas por ambos na época em que tocavam com Harris e companhia - lembremos de 2 Minutes to Midnight e Flight of Icarus, só para lembrarmos duas das mais clássicas.
Assim, temos um álbum que alia velocidade (Freak, Road to Hell, The Magician), cadência (Starchildren, Accident of Birth, The Ghost of Cain, Welcome to the Pit) e melancolia (Taking the Queen, Omega, Arc of Space) em doses extremamente competentes. Isso sem falar na obra-prima-mor, Darkside of Aquarius, música que reúne todas estas qualidades em 6 minutos e 42 segundos de pura inspiração. Só esta já vale o disco, mas todas (exceto Man Sorrows, baladinha um tanto modorrenta) são realmente maravilhosas.
Àqueles que desejam se iniciar na carreira-solo de Bruce, indico este álbum e o não menos sensacional The Chemical Wedding para começarem a aventura. A resenha deste outro ficará a cargo do nosso outro colunista, Igor Natusch, que certamente, neste momento em Gramado, deve estar com seu Discman ouvindo um destes dois sensacionais álbuns de Heavy Metal. Nota 8,7
Bruce Dickinson - Accident of Birth
Lançamento: 1997
Produção: Roy Z
Gravadora: Abril Music
Faixas: 13
Tempo: 57'53"
Formação: Bruce Dickinson (V), Adrian Smith (G), Roy Z (G), Eddie Casillas (B) e David Ingraham (D)
posted by Vicente Fonseca @ 10:24 PM, ,