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Ace of Spades

Relatos de um homem realizado


quinta-feira, março 06, 2008

Sinceramente, quando eu e o brother of metal Natusch abrimos o Ace of Spades, não imaginei que um dia estaria escrevendo uma resenha como esta, sobre este assunto. Felizmente este blog existe, pois será mais uma das tantas recordações de meu ápice como fã de Heavy Metal. Ontem, durante o solo de Powerslave, eu sabia que naquela noite de 5 de março de 2008 estava vivendo meu auge em termos musicais. Sabia que os meus assuntos com o mundo da música pesada estavam sendo definitivamente resolvidos. Não foi tão somente um show de metal o que ocorreu no aterro do Lago Guaíba. Foi um sonho realizado. Ou talvez mais: tudo foi tão impecável e perfeito que eu sinceramente sempre achei nestes 9 anos acompanhando o metal que nunca aconteceria.

Primeiramente, as questões extra-show. Por volta de 15:30, duas horas e meia antes da abertura dos portões, meu amigo Chico me liga avisando que está na fila das cadeiras. Não esperava que ele fosse, decidiu ontem mesmo ao meio-dia que iria ao aterro. Companhia enlouquecida, bom-humor, amizade de 18 anos de convivência e lugar privilegiado na fila eram já o primeiro presente do dia. Eu e meu cunhado Roberto (mestre, 25 anos de metal) pegamos um excelente estacionamento, chegamos na fila e entramos 1 minuto depois. Pegamos a melhor vista possível para o show, o que me rendeu alguns vídeos sensacionais, apesar do som ter estourado.

Após o show de Lauren Harris, filha do homi, tocando um rockzinho secos e molhados, temos uns 20 minutos de espera até, às 21:00 em ponto, começa um vídeo no telão e Churchill' Speech, que antecede tradicionalmente Aces High. Na minha opinião, a maior música do Iron Maiden e do Heavy Metal de todos os tempos estava sendo tocada à minha frente, por Bruce Dickinson, Steve Harris, Adrian Smith, Dave Murray, Janick Gers e Nicko McBrain. Coisas que só uma turnê como Somewhere Back in Time poderia me proporcionar.

O cenário da enorme pirâmide da capa de Powerslave seguia ao fundo, agora para 2 Minutes to Midnight, presença sempre garantida no set list, com a energia habitual. A seguir, Revelations quebrou um pouco clima na medida certa, coisas que só uma grande "balada" poderia fazer. O cenário então é trocado. A cortina gigante traz agora Eddie lutando com a bandeira britânica. Sim, The Trooper chegava explodindo seu riff inconfundível. Bruce surge então tremulando a bandeira da Grã-Bretanha e os 15 mil fãs vão ao delírio absoluto. Os versos foram cantados em uníssono. Um dos pontos altos da inesquecível noite, sem qualquer sombra de dúvida.

Então, alguém joga um celular no palco e Bruce "atende". Fala com o suposto pai da criatura, dizendo que não é perda de tempo estar lá no Gigantinho. A palavra "waste", usada pelo vocalista, puxa a grande Wasted Years, cujo refrão deve ter-se ouvido a quilômetros da Padre Cacique. Adrian Smith, compositor desta obra-prima, deu uma verdadeira aula nesta e em todas as outras músicas da noite. Não verei outro guitarrista melhor ao vivo, e tenho bem ciência disto.

Então, antes do que de costume - mas seguindo o set list de toda turnê - as luzes se apagam e o público logo reconhece a narrativa que antecede um dos maiores momentos de loucura coletiva, The Number of the Beast. Depois, Can I Play With Madness é a primeira de Seventh Son of a Seventh Son a ser tocada. Ela antecedeu uma das mais impressionantes da noite, Rime of the Ancient Mariner, que merece um parágrafo exclusivo.

Bruce entra com um manto negro. Ao fundo, a cortina exibe um navio abandonado. Após 5 minutos de música, vem a tradicional parada, onde o público deu show exibindo seus celulares e isqueiros. A impressão de quem estava lá era a de estar em um navio à deriva, perdido no oceano, numa noite escura e sombria. Curiosamente, este que foi um dos raros momentos de relativo silêncio do show acabou sendo um dos mais sensacionais. Depois, as guitarras e Bruce voltam. 13 minutos de glória.

Não lembro exatamente a ordem de execução, mas acredito que Powerslave tenha sido a próxima. Outro momento áureo do show, o qual já descrevi no primeiro parágrafo. Heaven Can Wait trouxe a tradicional participação dos roadies da banda no vocal. Minutos depois, não eram os roadies que perderiam a voz, mas sim os 15 mil fanáticos que testemunharam o que vos conto. É fácil explicar, bastam quatro palavras: Run to the Hills. Desnecessário seguir adiante em qualquer explanação.

Então, os acordes de Fear of the Dark levam todos à loucura mais uma vez. É certo que a música fica deslocada em uma turnê cuja proposta é tocar canções da banda entra 1984 e 1988. Mas é sua popularidade que a garante num show em uma cidade que não via a banda há 16 anos (e quem viu garante que o show de 1992, na turnê do próprio Fear of the Dark, foi bem fraco). Todos perguntavam quando Eddie entraria, e a resposta viria a seguir.

Iron Maiden levantou todos, e ali era certo que o mascote entraria. Os porto-alegrenses não têm do que se queixar: o que vimos foi a personificação do personagem da capa de Somewhere in Time: futurista, com metralhadora e luzes piscando em seu rosto, gigantesco, Eddie entra, como sempre "em chamas". O auge da noite durou dois minutos, com o hino da banda, Iron Maiden, sendo executado de fundo com maestria pelos seis outros integrantes da banda.

O bis era o esperado, que vem se repetindo na Somewhere Back in Time World Tour. A enérgica Moonchild, maravilhosa; The Clairvoyant a seguir; as duas com o cenário de The Prophecy ao fundo. E, fechando a conta, não poderia faltar a sensacional Hallowed Be Thy Name.

O desempenho dos integrantes correspondeu a todas as expectativas. Adrian Smith, Steve Harris e Bruce Dickinson foram impecáveis; Dave Murray segue solando como nos velhos tempos; Nicko McBrain, de chinelinho, era um dos mais carismáticos; e Janick Gers, como de costume, mais fez piruetas que tocou. Compreensível, de certo modo, já somente uma das 16 músicas foi composta em um período em que ele estava no Iron Maiden. Não há como encaixar três guitarristas de forma equivalente.

Defeitos? Talvez só o material promocional. Levei comigo uma boa quantia esperando comprar tudo o que fosse possível do Iron Maiden. O que vi foram apenas quatro ou cinco modelos de camisetas, e apenas duas com a data do show, cada uma a R$ 50. Levei ambas, e só. Nem as usarei, apenas as guardarei como uma lembrança mágica. Sobre o set list, se não tivesse sido tão sensacional, eu teria sentido falta de The Evil that Men Do.

Mas seria muito espírito de porco reclamar disso. Numa noite em que vi o Iron Maiden tocando clássicos de sua melhor fase, com a formação clássica, nada disso importa. Isso sem falar em todos os trejeitos clássicos que todo grande show do Maiden deve ter: Bruce entrando com a bandeira britânica em The Trooper; com um manto em Rime of the Ancient Mariner; com a máscara de Powerslave; um Eddie espetacular adentrando o palco, fazendo de todos os presentes parte do cenário de Somewhere in Time. Que mais posso querer? Nada, é a resposta. Não espero mais nada do Heavy Metal, porque ontem ele me proporcionou tudo o que eu poderia querer e esperar dele.

posted by Vicente Fonseca @ 11:28 AM, ,




É hoje o dia


quarta-feira, março 05, 2008

Incrivelmente, assistirei o Iron Maiden ao vivo. Quando eles vieram a Porto Alegre pela primeira vez, em 1992, na turnê do Fear of the Dark, eu tinha tenros 9 anos de idade. Nem sabia o que era Heavy Metal. Assisti ao show no Rock in Rio, em 2001, e jurei que um dia os veria ao vivo. Quando em 2005 eles disseram que não fariam mais nenhuma grande turnê, imaginei estar derrotado.

Dia 1º de novembro de 2007, meu amigo e companheiro de metal Felipe Levin me mandou um torpedo via celular dizendo só "Iron Maiden em Porto Alegre dia 5 de março!". Não acreditei num primeiro momento, só depois caiu a ficha. Meu maior sonho musical estaria sendo realizado: assistir a Steve Harris, Bruce Dickinson, Adrian Smith e companhia, juntos, ao vivo.

E hoje eu estarei lá, enlouquecido, pronto para registrar em minha máquina digital e em minha memória o maior espetáculo de loucura da minha vida. O grande dia chegou. O ingresso saiu 300 reais. Para mim, podia ser mil reais. Economizaria, viveria de pão e água, mas veria o Iron Maiden ao vivo um dia. Ainda gastarei mais alguns dobrões com o material disponível no Gigantinho: camisetas, tourbook, qualquer coisa. O Iron Maiden merece meu investimento. E acho que eu também mereço vê-los ao vivo: a devoção de quem é fã, ainda se arrepia com alguns riffs e refrãos depois de tanto tempo e continua devoto, mesmo que não tivesse esperança de vê-los ao vivo um dia, merecia ter um final feliz.

posted by Vicente Fonseca @ 10:03 AM, ,




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