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Ace of Spades

Warlord - Rising Out Of the Ashes (2002)


quarta-feira, novembro 07, 2007

Inspirado por alguns comentários dentro do post sobre o ‘debut album’ do HammerFall (que pode ser encontrado pelos interessados um pouco mais abaixo), decidi dar um pouco de reconhecimento a uma das maiores inspirações de Joacim Cans e cia. – e, de quebra, uma das bandas mais legais e menos reconhecidas dos anos 80. O Warlord surgiu em 1981, em um lugar inóspito para uma banda de Metal (Hollywood, EUA), através do esforço de William J. Tsamis (G) e Mark Zonder (D). O grupo gravou em 1983 o histórico mini-LP “Deliver Us”, uma obra-prima do Power Metal épico. Em 1984, lançaria um single (“Aliens / Lost And Lonely Days”) e um ‘falso ao vivo’ chamado “And the Cannons Of Destruction Have Begun”, todos trabalhos de alto nível. No entanto, a falta de reconhecimento (Estados Unidos, né) e as constantes mudanças de formação acabaram desanimando Tsamis e Zonder, levando ao fim do grupo. Mark Zonder entrou no Fates Warning, enquanto William Tsamis virou estudante e posteriormente professor universitário na área da filosofia. Chegou a montar uma outra banda (chamada Lordian Guard e que divide opiniões) e lançar dois CDs com ela (CDs que saíram aqui no Brasil via Hellion Recs.), mas já num esquema bem menos pretensioso. Então veio o cover de “Child Of the Damned”, depois a participação de Tsamis na estupenda “At the End Of the Rainbow”, e é claro que William sentiu vontade de gravar algo novo. O resultado, meus amigos, é o “Rising Out of the Ashes” que resenharemos daqui por diante.

William J. Tsamis assumiu todas as partes de guitarra e baixo, Mark Zonder voltou para a bateria, mas faltava ao menos mais uma pessoa para os vocais. A solução? Chamar ninguém menos que Joacim Cans, que tão bem tinha feito o serviço no HammerFall. Obviamente, o homem topou (quem não toparia gravar um disco com uma de suas bandas favoritas?), e desta conjunção de grandes nomes saiu esse ótimo CD. Das nove músicas, algumas são regravações de temas do Lordian Guard e/ou do próprio Warlord, enquanto as demais são totalmente inéditas – e momentos legais não faltam no repertório do disco. De cara, a poderosa “Battle Of the Living Dead” revela para quem não conhece o que é o som do Warlord: clima épico, muitas melodias de guitarra, bateria trampada para diabo e uma linha vocal simples e marcante, desaguando em um refrão fácil de cantar. Um primor, acreditem.

As três peças da banda funcionam perfeitamente em suas funções. Mark Zonder é um baterista completo, e ainda por cima criativo: suas levadas são de alta variação, e o homem consegue achar soluções surpreendentes em vários momentos do CD. William J. Tsamis, além de ser o compositor exclusivo de quase todas as (ótimas) músicas e (muito interessantes) letras, é um guitarrista bastante qualificado, com um estilo muito pessoal – nada de solinhos rapidinhos, aqui é riff em cima de riff e muitas, mas muitas melodias mesmo. Joacim Cans, bem, é aquilo que a gente sabe: um cantor de timbre personalíssimo, que sabe muito bem como conduzir uma música épica com força e emoção. As partes de teclado são discretas e bem incluídas, e de tudo isso sai uma sonoridade que agrada facilmente quem gosta de Heavy Metal de alto nível.

Quanto às músicas, o nível é bem alto, então dificulta na hora de dar destaques. Além da citada “Battle Of the Living Dead”, temos a sensacional “Winds Of Thor” (ouvir o coro no final e não cantar junto é passar um atestado de ‘não-sou-um-verdadeiro-fã-de-Metal), o riff demolidor de “Enemy Mind”, a linda balada “My Name Is Man” (sério mesmo, o negócio é do mais alto nível) e o clima grandioso de “Achilles Revenge”. A regravação de “Lucifer’s Hammer” (tema clássico da banda, gravado pela primeira vez ainda em 1983), na minha opinião, não deu tão certo assim: a versão original é mais grandiosa e bombástica. Mas ainda assim é uma música sensacional, e quem não conhece vai curtir, com certeza. A maioria das músicas tem andamentos menos velozes do que o comumente associado a bandas do tipo, mas mesmo isso é positivo, pois permite que o Warlord fuja de alguns dos clichês do gênero – boa parte deles, de qualquer modo, inventados por eles mesmos...

Resumindo: um CD bem interessante, que tende a agradar consideravelmente não só aos fãs de carteirinha do HammerFall, mas também aos apreciadores de Heavy Metal épico tocado com energia e conhecimento de causa. Depois disso, o Warlord voltou ao recolhimento, com Mark Zonder reassumindo as baquetas no Fates Warning, Joacim Cans retomando a posição de frente no HammerFall e William J. Tsamis retornando aos livros e ensaios sobre filosofia. Menos mal, de qualquer modo, que a união dos nomes em questão rendeu um CD dos mais respeitáveis – e quem sabe, um dia desses, os três não resolvem se unir uma vez mais, gravando quem sabe algo tão agradável quanto esse “Rising Out Of The Ashes”. Eu, do lado de cá, fico torcendo. Nota 8,0

Warlord – Rising Out Of the Ashes
Lançamento:
2002
Gravadora: Rock Brigade / Laser Company
Faixas: 09
Tempo: 50’39’’
Formação: Joacim Cans (v), William J. Tsamis (g / b / k), Mark Zonder (d).

posted by Natusch @ 1:00 AM,




3 Comments:

At 3:12 PM, Blogger Ponso said...

Parece bom, mas a capa do disco é sacripanticamente ruim.

 
At 1:51 AM, Anonymous Anônimo said...

Ah, é só um "W" estilizado cercado de poluição e catástrofes ambientais por todos os lados. Poderia ser pior =P

 
At 7:42 AM, Anonymous tânia (portugal) said...

fogo como s atrevem a dizer mal da capa deles???? tudo deles é lindo! fdx preferem bandinhas d merda famosas cm grandes capas e som d merda! esta capa é inspirada no primeiro ep deles, ou seja é antigo, dai ter esse aspecto. cromos.... warlord é das melhores bandas k alguma vez existiu. nem sao dignos d os conhecer. é raro encontrar alguem k conheça isto. gostei do post. pessoalmente AMO a black mass e a child of the damned... heavy metal attack!

 

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