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Ace of Spades

Bruce Dickinson: Tattooed Millionaire


segunda-feira, junho 25, 2007


Bruce Dickinson dispensa maiores apresentações, mas enfim. Depois de um começo de carreira em algumas bandas inexpressivas como Speed, Styx e Shots, que foram alegremente do nada para lugar algum, o baixote se juntou ao Samson, onde conquistou boa repercussão no auge da NWOBHM. Depois de gravar dois LPs com a banda em questão ("Head On" e "Shock Tactics", ambos bons trabalhos, especialmente o segundo), Bruce mudou de ares, e passou boa parte dos anos 80 cantando com uma banda inglesa que todo mundo sabe bem qual é. Depois de uma série de álbuns com a Donzela (quase todos não menos do que brilhantes), o homem resolveu fazer algo diferente, e lançou um disco solo bastante interessante, que vem a ser esse "Tattooed Millionaire" que ora resenhamos.

Para acompanhá-lo na missão, Bruce escolheu um produtor de alto nível - Chris Tsangarides, que no mesmo ano produziu o demolidor "Painkiller", do Judas Priest - e uma banda qualificada, com o batera Fabio del Rio (do interessante e pouco lembrado Jagged Edge), o baixista Andy Carr e o guitarrista Janick Gers, que na época carregava no currículo um ótimo disco com o White Spirit e participações no Gogmagog e na banda solo de Ian Gillan. Dividindo quase todas as composições com Gers, Bruce Dickinson teve a oportunidade de explorar vários caminhos que não tinham espaço no Iron Maiden - e o resultado é um disco descompromissado, mas repleto de boas idéias e belas músicas.

De cara, "Son of a Gun" abre o álbum com a cara de Bruce Dickinson: uma intro dedilhada abre caminho para um riff simples e pesado e melodias vocais grandiosas. De certo modo, é a fórmula de "Revelations", do álbum Piece of Mind, mas explorada de uma maneira mais 'solta' e com um refrão mais grudento. Ótimo começo, sem dúvida. A faixa-título dá o ar mais hard rock que será uma das tônicas do disco, com uma letra descompromissada sobre roqueiros cheios de grana (para muitos, uma alfinetada 'de leve' em Axl Rose e no Guns N' Roses) e mais um refrão extremamente pegajoso. Já nessa altura, percebe-se que o disco não será de modo algum uma cópia do Iron Maiden, e em breve isso ficará ainda mais evidenciado.

Para mim, "Born in 58" é um dos pontos máximos do disco, e uma das letras mais inspiradas que Bruce já escreveu. Homenageando seu avô, Bruce usa suas sempre presentes influências acústicas e relembra os tempos em que a vida era mais simples e os valores mais sólidos. O inspiradíssimo refrão clama: "justiça e liberdade / você pode comprar, mas não virão de graça / em um mundo de aço e vidro / enterramos nosso passado". Belíssima música. "Hell on Wheels" e "Gipsy Road" já não impressionam tanto: embora sejam boas composições, são bem simples e sem requintes, e caberiam bem dentro do repertório da maioria das bandas hard / heavy que pipocavam no final dos anos 80.

"Dive! Dive! Dive!" acabou virando nome de um home video lançado por Bruce no início dos anos 90, e de certo modo aponta algumas tendências que o cantor seguiria pouco depois, quando abandonou o Iron Maiden e lançou discos experimentais como Balls to Picasso e Skunkworks. A batida é meio 'funkeada', e a linha de voz é a mais experimental e vanguardista do disco inteiro. Não soa mal, de modo algum, mas provoca estranheza em quem se acostumou com um Bruce Dickinson mais pesado e dramático. O cover de "All The Young Dudes" de David Bowie fez sucesso nas rádios brasileiras (tocou até no Pijama Show da Rádio Atlântida, vejam só) e é de fato uma versão bacana, com interpretação cuidadosa e belos licks de guitarra.

"Lickin' the Gun" é outra música mais ou menos comum, com uma levada bacana e boas frases de baixo, mas que não chega a surpreender pela originalidade. Já "Zulu Lulu" é uma música mais, digamos, simpática - uma letra cafajeste a serviço de uma música muito interessante, levada com maestria e com mais um dos refrões marcantes com a marca Bruce Dickinson de interpretação. Fechando o álbum, "No Lies", a única composição exclusiva de Bruce no disco. Uma música interessante, com uma levada envolvente e boas melodias, mas que sofre de um certo 'gigantismo musical' - se fosse uns dois minutos menor e tivesse menos embromação, seria bem mais agradável de ouvir.

Vendo em retrospecto, "Tattooed Millionaire" é um disco que cumpriu bem o seu papel, em mais de um sentido. Graças a ele, Janick Gers acabou no Iron Maiden, e Bruce Dickinson tomou coragem para, depois de dois discos irregulares com a Donzela, perseguir suas ambições artísticas com uma seqüência de discos solo. O Iron Maiden chamou Blaze Bailey, quebrou a cara (embora eu me alinhe entre os que julgam "The X Factor" um disco de muito bom nível) e renasceu como Fênix, trazendo Bruce e Adrian Smith de volta, ficando com três guitarras e enchendo as contas bancárias dos envolvidos de (mais) dinheiro. Finais felizes são bonitos, não? Quanto ao disco em si, vale tê-lo na coleção e curtir essas músicas de vez em quando - nem que seja só para lembrar de quando as coisas eram mais simples no reino do Metal, e de quando Axl Rose se preocupava em lançar discos, e não adiá-los... Nota 8,1


Bruce Dickinson - Tattooed Millionaire

Lançamento: 1990

Produção: Chris Tsangarides

Gravadora: EMI

Faixas: 10

Tempo: 43'15''

Formação: Bruce Dickinson (V), Janick Gers (G), Andy Carr (B), Fabio Del Rio (D).

posted by Natusch @ 12:06 AM, ,




Eddie de Guaiaca


quarta-feira, junho 20, 2007


O Ace of Spades retoma suas atividades com a resenha do inigualável Leonardo Cao "Ponsito" sobre o álbum Killers, do Iron Maiden. Deliciem-se com o texto descontraído do maior Air Guitar Player de Porto Alegre. Faça o mesmo, caro leitor, e mande sua resenha que a publicaremos!


Lembro com muito carinho da primeira vez em que escutei Iron Maiden. Estava eu, aos 11 anos de idade, numa festinha na sacada da casa de praia da minha vovó materna, sorvendo um singelo copo de, se bem me lembro, guaraná Fruki. Ignorado pela gata quente que almejava então, existencialismo pegado, sento-me sozinho num canto escuro do recinto. Eis que soa o Riff inicial de Wasting Love, estraçalhando um já combalido coração infantil e definindo na hora: sim, mais um cabeludo no mundo.

O certo é que depois de tanto tempo não tenho o mesmo tesão de escutar a maioria dos discos da Donzela. Talvez por ter escutado todos até a exaustão. A exceção é o álbum “Killers”, de 1981. Não tenho nenhum receio de afirmar que este é não apenas o melhor disco do Iron Maiden, e sim o melhor disco de Heavy Metal de todos os tempos. Chiem à vontade. “The Ides Of March” é a introdução perfeita para o massacre. Bateria marcial do gênio Clive Burr (claramente superior ao Nicko, que é um bom baterista), e linhas de guitarra que prenunciam o estilo épico que desembocaria no Metal Melódico anos depois. Em seguida, temos a mais furiosa música do Maiden, não por acaso, “Wratchild”. Sabemos da fama de beberrões dos rapazes ingleses (tem um vídeo deles num casamento em que eles arruínam com tudo, completamente borrachos), mas tenho certeza absoluta que, em 81, pelo menos o Steve Harris usava drogas muito pesadas. Suas linhas de baixo são fantásticas em todos os discos, mas a anarquia das linhas do “Killers” são insuperáveis.

“Murders in the Rue Morgue” trás à tona mais uma característica do álbum: letras sérias. Faraós e clarividentes teriam sua vez anos depois, mas gosto bastante das letras mais “cotidianas” dos dois primeiros discos. A única instrumental do álbum é uma das minhas preferidas. “Genghis Khan” alterna levadas mais compassadas com momentos de puro desenfreamento (neologismo meu). Clive Burr toca bateria como se estivesse despencando do estúdio. Ótimo trabalho do duo Murray/Smith também. Uma característica ímpar desta música é que ela é praticamente um solo do início ao fim, mas não há solos propriamente ditos. Genial.

Pois vejam só. Mesmo um disco que está quase furado pelo laser pode guardar algumas cartas na manga (homenagem singela ao querido Professor titular deste blogo). “Innocent Exile”, além de uma levadinha Zeppeliana em alguns momentos, possui solos excelentes. Cheguei a essa conclusão escutando o álbum de novo para este texto. Solo é uma coisa complicada. Se não for totalmente coerente com o clima e com o que a música tem a dizer, é um desperdício de notas. Aí está o Malmsteen, aquele fanfarrão Sueco, que não me deixa mentir.

A música “Killers” merece um parágrafo inteiro pra ela. Por mim, mereceria uma monografia, oitenta páginas defendendo a tese que todo e qualquer crime, fora estupro e pedofilia, cometido após a audição desta música, deveria ser automaticamente perdoado. Pensei diversas vezes em assassinar alguém após escutar isso. Em outras, saí correndo todo cagado de medo após a introdução. Vocês sabem do que estou falando.

E então chega a vez de “Prodigal Son”. Paradigma é a palavra que define esta música. Nada menos. Nada pode ser feito pelos caras depois disso. Engraçado um fã de metal e de Iron Maiden considerar a música menos barulhenta e mais “mimosa” de toda carreira da banda (perdão ao deus metal) a melhor de todas. Minha desculpa é apenas uma. O solo do Dave Murray, o primeiro da música (que muito tempo achei ser de autoria do Adrian “melhor guitarrista da história pós Hendrix e Vaughan” Smith) é o mais belo solo já executado. MUITAS lágrimas derramadas. Sinto o pó da estrada do desgosto cada vez que ouço este solo.


Pra finalizar, “Purgatory” e “Drifter”. Duas tijoladas de seis furos direto na fuça do cristão. O pedacinho do chorus com a letra “Please, take me away, so far away” em “Purgatory” é pura adrenalina. E o solinho de harmônicos todo estranho em “Drifter”, seguido do final com a ordem “I want you to sing it, sing it, sing it, sing along” fecha adequadamente este MASTERPIECE. Tenho seguido esta ordem do Paul Dianno com muito afinco. Sejam coerentes e sigam também.

posted by Vicente Fonseca @ 10:32 AM, ,




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