Avantasia - The Metal Opera Pt. II
quinta-feira, março 29, 2007
Os mais puristas sempre afirmam que, numa série, a primeira parte é a melhor e o resto é lixo. Tenho uma tendência a discordar deste tipo de pensamento, apesar de que, aqui, estamos diante de uma meia-verdade a este respeito. A segunda parte do projeto Avantasia não chega a ser ruim, mas é bem inferior ao ótimo disco de estréia de carreira-solo de Tobias Sammet.
posted by Vicente Fonseca @ 1:55 PM, ,
Avantasia - The Metal Opera
quarta-feira, março 28, 2007
Foi com grande surpresa que recebi hoje a notícia que Tobias Sammet pretende gravar uma terceira edição do Avantasia, projeto solo paralelo à sua banda, Edguy. O próprio Tobias disse, em 2002, quando do lançamento do segundo disco, que aquele era o fim do Avantasia, que soaria forçado um terceiro disco, e tudo mais - no que concordo. No mais, trata-se de uma boa oportunidade de resenharmos os dois álbuns do Avantasia até aqui.
posted by Vicente Fonseca @ 3:05 PM, ,
Angra - Aurora Consurgens
sexta-feira, março 23, 2007
posted by Vicente Fonseca @ 5:35 PM, ,
Heaven and Hell - 2007-03-11 Live Vancouver (bootleg)
Fugindo um pouco à linha dos post habituais do ACE OF SPADES, resenharemos aqui um álbum que não pode ser encontrado em nenhuma loja perto de você. No entanto, acredito que as circunstâncias do mesmo justifiquem a inclusão da resenha de um ‘bootleg’ por aqui. Trata-se simplesmente do primeiríssimo show da tour do Heaven and Hell – que, para os desavisados, é o projeto que reuniu o Black Sabbath dos tempos de Ronnie James Dio, a mesma formação que gravou “Mob Rules” e “Dehumanizer” e que para muitos simbolizou o momento mais ‘metal’ do grupo que, praticamente sozinho, criou o Heavy Metal. A apresentação ocorreu no Pacific Coliseum em Vancouver (CAN) no dia 10 de março, e já é possível baixar os mp3 pelo rapidshare e por programas P2P. Então, deixe que esse humilde escriba exponha suas impressões sobre esse show histórico, que se Deus quiser e o Diabo permitir em breve estará em nosso país.
A gravação, infelizmente, está cortada no início, de modo que perdemos a intro e parte da música de abertura. O áudio, embora perfeitamente audível, está longe de ser um registro cristalino, e muitos certamente sentirão falta de um som mais límpido e definido. Mas, puxa vida, eles abrem com “After All (The Dead)”, e é mais do que suficiente para ferver o sangue de qualquer fã de Metal.
O repertório, por sinal, é empolgante. Para quem critica o “Live Evil” por conter sons demais da fase Ozzy (nos quais a voz potente de Dio nem sempre caía tão bem), esses shows de 2007 serão sem dúvida uma satisfação imensa. Nada de ‘Ozzy years’: são 16 músicas de puro Black Sabbath com Dio, e os resultados são animadores. Entre outras, pérolas como “Falling Off the Edge of the World”, “Computer God”, “Lady Evil” e “Die Young” são ressuscitadas e postas lado a lado com todos aqueles clássicos tipo “Heaven and Hell”, “Voodoo” e “Children Of the Sea”. Nesse show específico, “Lonely Is the Word” não entrou por questões de tempo, mas nas demais apresentações do Heaven and Hell ela está dizendo presente, aumentando ainda mais o nível de um setlist já maravilhoso.
Três novas canções foram gravadas para a coletânea que marca esse retorno, "The Dio Years", e as três estão no set desse ‘bootleg’. “Ear In the Wall”, para mim, é a melhor delas: forte, energética, movida a um daqueles típicos riffs de Tony Iommi que a maioria dos guitarristas do universo é capaz apenas de invejar. O andamento é mais veloz, e o resultado final não ficaria feio em um “Mob Rules”, por exemplo. As outras duas canções (“The Devil Cried” e “Shadow of the Wind”) são mais lentas e arrastadas, naquele típico estilo Sabbath de ser, com riffs envolventes e excelente trabalho de cozinha, especialmente na primeira. Músicas de alto nível, dignas da banda que representam e que conseguem soar relevantes em pleno 2007, o que certamente é muita coisa.
A banda soa muito, muito bem. O desempenho é certeiro e, embora a interpretação não seja tão energética quanto em tempos idos, a evidente alegria dos músicos e a força do conjunto acabam produzindo resultados excelentes. Para quem estava cansado de ver o Black Sabbath transformado em banda de apoio para um decadente Ozzy Osbourne (meu caso), ouvir Iommi e Butler tocando com entusiasmo de novo é uma satisfação e um alento. Vinnie Appice, para mim, sempre foi um baterista menosprezado, e a segurança de suas levadas e viradas mostram um músico preciso, consciente de suas capacidades e que as usa sempre em favor da música, evitando firulas excessivas e demais massagens de ego. E Ronnie James Dio, do alto dos seus sessenta e muitos anos de idade, continua sendo um dos melhores vocalistas que se pode encontrar por aí. Claro que sua voz não tem mais o timbre cristalino e a potência impressionante dos anos 80, mas o baixinho conhece todos os atalhos e consegue se defender muitíssimo bem mesmo nos momentos mais complicados do repertório. Quero ver um vocalista de 25 anos pegar sons como “I” e “The Sign of the Southern Cross” e mandar melhor que o vovô Dio. Duvido muito, mesmo!
Enfim, amigos(as). Aproveitem que não é necessário comprar esse material e baixem os mp3 imediatamente. Verão que, independentemente de modas, modismos, tendências e demais perdas de tempo, o mais puro Heavy Metal segue vivíssimo, e os avôs do estilo ainda mostram para muito moleque o que é som pesado de verdade. Tomara que essa tour chegue em nosso Brasil varonil, e que possamos assistir de perto esse bonito e empolgante momento da história do nosso estilo favorito.
NOTA: segundo o www.iommi.com, "The Dio Years" sai no Brasil dia 28 de maio, e um "Live at Hammersmith Odeon" deve vir na seqüência. Quem não comprar é mulher do padre.
FICHA TÉCNICA:
Heaven and Hell - 2007-03-10 Live Vancouver
Lançamento: 2007
Produtor: Desconhecido
Gravadora: bootleg
Faixas: 16
Tempo: 1h49min
Formação: Ronnie James Dio (V), Tony Iommi (G), Geezer Butler (B), Vinnie Appice (D).
posted by Natusch @ 1:21 AM, ,
Blind Guardian: o retorno, após cinco anos
quinta-feira, março 22, 2007
Uma das maiores bandas de power metal esteve em Porto Alegre na noite desta quarta-feira. Num Opinião que recebeu bom público, o Blind Guardian fez seu segundo show na capital gaúcha. Não é preciso comentar a devoção dos fãs à banda. Vamos direto ao que interessa.
Num show com duração aproximada de 1 hora e 45 minutos, os alemães executaram músicas que não haviam mostrado em 2002, deixaram alguns clássicos de fora e tocaram apenas uma música de seu ótimo disco novo, Twist in the Myth. Como sempre, a abertura veio com War of Wrath seguida de Into the Storm. Aliás, os fãs de Nightfall in Middle-Earth ficaram certamente deveras satisfeitos. Além destas duas, Nightfall, Time Stands Still (at the Iron Hill) e Mirror Mirror foram tocadas, sendo este o álbum com mais canções executadas por Hansi e companhia na noite de ontem.
No set list, algumas novidades. Majesty, primeira música do Blind, não poderia faltar; dentre as antigas, foram tocadas somente Lost in the Twilight Hall e Welcome to Dying, cantadas em uníssono, especialmente pelos excepcionais refrãos que possuem. A maior variação foi quanto ao clássico Imaginations from the Other Side, onde as clássicas The Scrypt for my Requiem, Born in a Mourning Hall e até Bright Eyes ficaram de fora. O show perdeu um pouco em peso com isso, também pela execução de And the Story Ends, que é mais cadenciada. Uma mudança interessante, visto que, em 2002, o Blind Guardian tocou tudo (e até mais do que isso) que poderíamos querer ou imaginar.
Mordred's Song botou a galera para pular, bem como Fly, única música do disco novo. And Then There Was Silence, de 14 minutos de duração, foi intensa, ainda que seja uma música difícil de as pessoas acompanharem cantando. Antes disso, Hansi pega uma bandeira do Rio Grande do Sul e prende-a no palco, o que levou o público ao delírio sob os gritos de "Ah, eu sou gaúcho!".
O bis foi o feijão-com-arroz clássico: Imaginations from the Other Side, sempre um ponto alto do show, The Bard's Song - In the Forest, a qual Hansi nem foi ao microfone, tamanha a intensidade da cantoria dos fãs, e Mirror Mirror, cujo refrão quase pôs o Opinião abaixo.
A se destacar o desempenho como sempre perfeito de André Olbrich na guitarra e o ótimo novo baterista Fredrik Ehmke. Mais uma vez, o Blind Guardian deixa seus fãs porto-alegrenses satisfeitos, apesar de alguns clássicos terem faltado. Mas, para quem tocou até Banish from Sanctuary da outra vez, o crédito é total.
posted by Vicente Fonseca @ 9:30 PM, ,