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Ace of Spades

Symphony X - The Divine Wings of Tragedy


segunda-feira, abril 09, 2007


O Symphony X, após sete anos longe do Brasil, fará show em São Paulo no próximo dia 16 de junho. O próximo álbum de estúdio, Paradise Lost, deve sair no segundo semestre. Resenharei aqui os quatro álbuns desta ótima banda que possuo em meu acervo.

The Divine Wings of Tragedy é o disco que alavancou a carreira destes norte-americanos. Após um (dizem) péssimo álbum homônimo de estréia, em 1994, veio The Damnation Game, no ano seguinte, impulsionado também pela febre progressiva causada pelo auge do Dream Theater. Então, sucedeu-se este, considerado um dos marcos da carreira da banda.

Tudo começa com a poderosíssima Of Sins and Shadows. Música pérfeita: riffs pesados e vigorosos, vocalista dando show (Russell Allen, é até dispensável comentar, faz isso em todas as faixas deste álbum), refrão marcante, músicos virtuosos. Só esta já vale o disco. Começa quebrando tudo, como um bom álbum de metal deve ser, mesmo que seja de metal progressivo.

Depois, duas músicas de estilos semelhantes: Sea of Lies e Out of the Ashes, que são mais velozes, porém nunca deixando o peso de lado. Thomas Miller mostra toda sua qualidade como baixista nestas duas composições, que antecedem a clássica balada The Accolade, boa música, por sinal. Talvez fosse uma canção que tivesse para que eu não gostasse: é lenta, e dura quase 10 minutos. Mas a qualidade é tanta que nem percebemos o tempo passar. Tudo se encaixa com perfeição, mas eu não chego ao ponto de dizer que amo este tipo de música, vocês sabem bem disso.

Aí, duas músicas sensacionais, de volta ao peso. Pharaoh tem seus momentos lentos, mas o que caracteriza-a é a guitarra distorcida de Michael Romeo, além do vocal forte de Allen. Então, vem a sexta música, um dos maiores clássicos da banda, The Eyes of Medusa, uma das três primeiras músicas que qualquer um ouve do Symphony X quando deseja conhecê-los. Pudera, é sensacional. Tem todas as qualidades que a faixa inicial deste álbum possui, mas aqui a marca é a cadência, e não a velocidade. Ainda há um momento mais lento e sem guitarras, uma verdadeira parada dentro da música, que, do nada, volta ao ritmo agressivo "normal". Imperdível essa, de arrepiar qualquer um que tenha Heavy Metal no tipo sangüíneo.

As três músicas finais deste disco não deixam a qualidade cair, apesar de não serem assim tão brilhantes. The Witching Hour é boa, mas talvez a mais fraca de todas, aproximando-se mais do metal melódico clássico, que não é a marca do Symphony X. A seguir, a faixa-título, com quase 21 minutos de duração. Como sempre, uma verdadeira viagem, ainda que a banda peque, um pouquito, no virtuosismo-preciosista. Mas vale a pena, principalmente pela qualidade do trabalho apresentado. A final é uma balada com qualidade, chamada Candlelight Fantasia, música melancólica que encerra de forma adequada este excelente e imprenscindível trabalho para quem se diz fã de Prog Metal. Nota 8,2.

FICHA TÉCNICA

Symphony X - The Divine Wings of Tragedy
Lançamento: 1996
Produção: Steve Evetts & Eric Rachel
Gravadora: Hellion
Faixas: 09
Tempo: 65'21"
Formação: Russell Allen (V), Michael Romeo (G), Thomas Miller (B), Michael Pinnella (K), Jason Rullo (D).

posted by Vicente Fonseca @ 9:06 AM,




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